O delineamento de um plano de vacinação é um fator imprescindível na proteção dos nossos fiéis companheiros de quatro patas. Representa um papel insubstituível na prevenção de algumas doenças graves e, em alguns casos, potencialmente letais. Para o ajudar a saber quais as vacinas para cão obrigatórias e recomendadas, bem como os momentos em que devem ser administradas, preparámos um guia de perguntas e respostas úteis.
Vacinar um cachorro é uma necessidade que, geralmente, desperta algumas questões e inquietações entre os donos. Porém, é um passo imprescindível para garantir que estes patudos crescem de forma saudável, com um sistema imunitário fortalecido.
As primeiras vacinas para cão devem, então, ser administradas às seis semanas (por esta altura, a proteção oferecida pelos anticorpos do leite materno já é mais reduzida). Esta vacinação inicial contra doenças infeciosas, como a esgana, a parvovirose, a hepatite infeciosa canina ou a leptospirose, deve incluir duas doses de reforço — uma três a quatro semanas depois da primeira dose e outra sete a oito semanas depois. Atenção: só depois dessa terceira injeção é que a imunização primária fica completa.
Sim, a legislação portuguesa determina que todos os cães têm de ser vacinados contra a raiva, uma doença viral zoonótica que se revela fatal na maioria dos casos. De notar que a vacina antirrábica para cães só é reconhecida como válida se o animal tiver o microchip registado no SIAC (Sistema de Informação de Animais de Companhia). Algumas das vacinas atualmente disponíveis podem conferir proteção contra este vírus letal durante três anos.
A calendarização das vacinas a administrar em cada patudo deve ser definida individualmente com o médico veterinário, tendo em consideração fatores relevantes como as características do animal, o seu estilo de vida ou, em alguns casos, a vulnerabilidade em relação à contração de determinadas doenças.
No entanto, de acordo com as recomendações gerais, as vacinas para cão, como a esgana canina, a hepatite infeciosa canina, a parvovirose, a raiva ou a leptospirose, devem ser reforçadas todos os anos.
Neste capítulo, podemos referir, a título de exemplo, a vacina para a leishmaniose canina, que deve ser pensada sobretudo para casos de risco. Em Portugal, as zonas de Trás-os-Montes e Alto Douro, Lisboa, Alentejo e Algarve são as que registam mais casos. Atualmente, estas vacinas são eficazes no combate à progressão da doença.
De igual forma, também a vacina contra a tosse do canil, ou parainfluenza canina, é essencial para alguns animais. Dado que este vírus afeta sobretudo animais sujeitos a ajuntamentos, esta vacinação é requerida, por exemplo, pela grande maioria dos hotéis caninos. Por fim, a vacina para a febre da carraça, que confere proteção contra o parasita da espécie Babesia canis, pode revelar-se muito útil para alguns patudos.
Todas as vacinas administradas por médicos veterinários são devidamente testadas e autorizadas pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária. Assim, desde que os animais tenham, no mínimo, seis semanas de idade e não padeçam de doenças graves, a probabilidade de sofrerem efeitos secundários preocupantes é muito reduzida. Alguns sintomas, como febre, fadiga ou inchaço no local da injeção, podem surgir durante dois a três dias.
Se precisa de acompanhamento especializado para garantir que o seu fiel companheiro mantém todas as vacinas atualizadas, contacte-nos! O bem-estar do seu cão é a nossa prioridade.